Especialista dá dicas para o Galo conseguir melhorar sua situação financeira
Finalista da Libertadores da América e da Copa do Brasil do ano passado, o Atlético-MG tem uma das maiores dívidas do futebol brasileiro, alcançando o valor de R$ 2,3 bilhões. A diretoria trabalha para diminuir o débito o quanto antes. Consultor de finanças do esporte, César Grafietti falou sobre como o Galo pode melhorar sua situação.
“Para reduzir esse número para algo razoável, talvez tivesse que aportar de 600 a 700 milhões de reais para reduzir bem essa dívida e tentá-la alongar o máximo possível. No ponto de vista de cortes de folha (elenco), eu evito falar, porque os clubes, normalmente, têm uma série de outros gastos e custos. Eu sempre recomendo que, com o ponto de vista operacional, o clube deva gastar no máximo até 80% de tudo que ele gera de receita. Para sobrarem 20% capazes de ir pagando as dívidas”, disse, em entrevista à Rádio BandNews, de Belo Horizonte.
César falou que os investidores na SAF do Atlético precisam avaliar o acordo entre eles. Além disso, comentou sobre a chance de Rubens Menin se tornar o único dono do clube neste momento.
“Essa é uma possibilidade (Menin virar dono único), se entenderem qual é o acordo de acionista entre eles. Se um faz, os outros são obrigados a fazer, ou se eles são diluídos à medida que só alguns resolvam aportar recursos. Agora, do ponto de vista de capacidade, que, aparentemente, todos têm, de vontade, essa é a dificuldade de entender. Tem vontade de fazer ou não? E precisa entender o acordo de acionista, que a gente não conhece, para saber se todo mundo é obrigado ou não, e se teria diluição em caso de alguém não acompanhar (os investimentos)”, prosseguiu.
Rafael Menin fala sobre a dívida
No último sábado (7), Rafael Menin, um dos acionistas da SAF do Galo, concedeu uma entrevista coletiva e falou sobre diversos assuntos. Como espera, um dos mais comentados foi sobre as dívidas do clube.
“O que vai resolver, de fato, é o aporte. Agora quem fará, quando e como, eu não posso aqui cravar nada e muito menos falar pelos outros acionistas, que se por ventura alguém, se algum atual acionista fizer, se outro vai acompanhar, ou não vai acompanhar. Eu não tenho nem legitimidade, nem autorização para falar em nome de ninguém”, admitiu o investidor.