Dívida de R$ 1,8 bilhão: Atlético-MG tenta manter equilíbrio financeiro
Após a publicação dos números ligados ao balanço financeiro da SAF do Atlético-MG, o clube alvinegro se depara com um cenário desafiador: ampliar o prazo de sua dívida crescente sem abrir mão da capacidade de investir em futebol. O assunto interessa diretamente o torcedor, que entende a importância de seguir em patamar competitivo.
O montante devido pelo Galo aumentou consideravelmente, saltando de R$ 1,4 bilhão para R$ 1,814 bilhão em doze meses, um acréscimo superior a R$ 400 milhões, algo que gerou questionamentos importantes. O déficit é impulsionado por altos custos operacionais, principalmente com o elenco, cuja folha consumiu R$ 323 milhões, além da amortização de dívidas da própria SAF.
Em resposta aos dados divulgados, o clube explicou a diferença nos cálculos apresentados. “Com relação à matéria veiculada pelo ge.globo referente ao Relatório de Gestão de 2024 do CAM, o clube ressalta que foram utilizadas metodologias diferentes de cálculo. O Galo considera para efeitos de cálculo do endividamento todos os seus passivos menos os seus ativos que possuem efeito caixa, enquanto a referida reportagem exclui as contas a receber do clube”, ressaltou.
Atlético-MG determina movimentação para amenizar as dívidas
O principal obstáculo do Atlético-MG está na pressão do passivo de curto prazo, R$ 1,152 bilhão em vencimentos previstos até o final de 2025. Para aliviar o impacto no fluxo de caixa, o clube vem apostando na renegociação de dívidas e em mecanismos financeiros que tragam fôlego a médio e longo prazo.
Entre as medidas adotadas está a emissão de debêntures pela SAF, registrada junto à CVM. A captação alcançou R$ 60 milhões, abaixo do esperado, com vencimento para 2027 e juros mais acessíveis em relação a outras fontes de crédito. O clube também considera essencial a geração de receita por meio da venda de jogadores.