Atleta especulado no Atlético é indiciado por suspeita de esquema de apostas
O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, que chegou a ser especulado como possível reforço do Atlético ainda no início da temporada de 2025, se projetou para um desfecho inesperado. O profissional foi indiciado pela Polícia Federal (PF) sob suspeita de envolvimento em um esquema de apostas. A situação volta ao futebol brasileiro de maneira completamente negativa.
A investigação, batizada de Operação Spot-fixing, aponta que o jogador teria forçado a aplicação de um cartão amarelo durante a partida contra o Santos, realizada em novembro de 2023, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. A conduta teria beneficiado familiares e as conversas chamam ainda mais atenção. O atleta se desdobra entre duvidas sobre o futuro.
De acordo com informações compartilhadas pela PF, os parentes de Bruno Henrique teriam criado contas em sites de apostas online na véspera da partida e apostaram que ele receberia um cartão amarelo. Durante o jogo, Bruno Henrique foi advertido com o cartão por uma falta e, mais tarde, acabou expulso após ofender o árbitro.
Atlético não avança e craque se envolve em situação inesperada
De tempos em tempos, Bruno Henrique é especulado entre os torcedores do Atlético, sendo apontado como um grande reforço, especialmente pela trajetória conquistada no Flamengo. Neste momento, no entanto, as duas torcidas se mostram receosas. Felipe Crisafulli, sócio do Ambiel Advogados e integrante da Comissão de Direito de Jogos, Apostas e do Jogo Responsável da OAB-SP, explicou:
“Se a conduta de Bruno Henrique for considerada como sendo a do art. 258 (assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código), como foi, por exemplo, o caso de Eduardo Bauermann, ex-zagueiro do Santos. Nesse caso, a pena estaria limitada a suspensão por até 6 partidas. Nesta hipótese, ainda fica facultado ao tribunal substituir a pena por mera advertência, desde que se trate de infração de pequena gravidade”, disse.